segunda-feira, 28 de abril de 2008

Brisa Maracujá no Campeonato Brisa da Madeira de Cruzeiros IRC 2008

O Campeonato Brisa da Madeira de Cruzeiros IRC 2008, teve lugar durante o passado fim de semana nos mares da zona leste da Madeira.

O Brisa Maracujá marcou presença, participando em todas as regatas disputadas durante o fim de semana, realizando boas largadas e terminando várias regatas em posição de destaque.

Comunicação Social

Diário de Notícias:

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Diário de Notícias, 28/04/2008:

Vela - Campeonato Brisa da Madeira de cruzeiros Serlima 'limpa' título com grande mestria

Emoção, enorme convívio e muito espectáculo foram as notas dominantes dos três dias que fizeram parte do Campeonato Brisa da Madeira de Cruzeiros em vela. Depois de nos últimos anos o Regional tivesse 'adormecido' em termos de emoções, devido à fraca adesão de embarcações e velejadores, a prova de 2008 que marcou a estreia de um novo parceiro na modalidade, o DIÁRIO de Notícias /TSF, marcou o renascer da vela da classe Cruzeiro, assim como deixa antever um futuro ainda mais risonho. Quanto à competição propriamente dita a derradeira regata, foi vivida de forma intensa, já que quatro embarcações 'sonhavam' ainda com o tão desejado título. A expectativa era grande e veio a aumentar com o atraso da largada que devido à falta de vento a comissão de regatas apenas 'colocou' as embarcações na linha de partida 1h25 depois da hora marcada. Com o vento a soprar com pouca intensidade entre os 5 e os 7 nós, seriam o Serlima-Brisa Express e o Arara a terem uma boa largada, ao contrário do 'herói' das partidas, o Brisa Maracujá que acabou por sair antes do tempo o que obrigo-o a fazer novo bordo para poder largar correctamente. Já na primeira pernada entre o Caniçal e Santa Cruz as pequenas embarcações viriam a ser apanhadas pelo Sá Sailing Team e o Frederica Devonia. Contudo e apesar de perderem terreno as equipas de Filipe Caíres e Francisco Nóbrega concentravam os seus esforços na luta pelos pontos que poderiam dar o título, apesar da vantagem do pequeno 'jota' na classificação. Com o rondar da bóia em Santa Cruz e 'apontando' as velas para a Ponta de São Lourenço o Serlima-Brisa Express percebeu que a luta teria que ser feita com o Brisa Maracujá e começou desde logo a controlar o seu mais directo perseguidor, que a meio do percurso de 11,7 milhas náuticas tinham já alguma vantagem para o líder. Mesmo com uma pequena desvantagem na última pernada até à linha de chegada instalada junto ao cais da Marina da Quinta do Lorde o Serlima avançava tranquilamente para o título regional, pois o vento dava vantagem em 'tempo compensado' para a embarcação do Clube Naval do Funchal. No final e com o Sá Sailling Team a vencer a regata em tempo real, o Serlima viria a conquistar o primeiro lugar e consequentemente o título. Já o Brisa Maracujá viria a ser penalizado não só pela sua má largada mas devido a um protesto apresentado no final. Segundo a decisão da comissão de protesto a equipa de Nélio Sousa terá retirado alguns materiais da embarcação que não podia retirar antes da competição. Um protesto que promete ainda dar que falar já que a embarcação irá recorrer da decisão. No final de destacar pela positiva o trabalho da organização, a cargo da Associação de Vela, da A. Náutica da Madeira, Iate Clube Santa Cruz e Iate Clube Quinta do Lorde, que tiveram um excelente dispositivo no mar. Referência ainda para o Clube Naval do Funchal e para o vice-comodoro Joaquim Barata que proporcionaram excelentes condições para que os órgãos da comunicação social pudessem trabalhar da melhor forma.

Paulo Vieira Lopes




Diário de Notícias, 27/04/2008:

Há quatro tripulações candidatas ao título

O segundo dia de competição ficou marcado por uma regata disputada ao segundo, já que o 'Sá Sailing Team', de Nuno Rodrigues, terminou as 34,5 milhas do percurso com uma vantagem confortável sobre o segundo, que por sua vez viu a vitória fugir-lhe por três minutos para um barco que apesar de ser o oitavo a cortar a linha de chegada, venceria a regata por ser mais pequeno em comprimento e área vélica. Tendo que percorrer 3,5 milhas entre o cais de Água de Pena e a Marina da Quinta do Lorde, foram precisos noventa minutos, já que o vento soprou fraco, inferior aos 4 nós. Muito bem na opção que fez de bordo a terra, o 'Brisa Maracujá' foi o primeiro líder, conquistando mais de dois minutos de vantagem sobre o 'Bruce Farr', de Nuno Rodrigues, na passagem da primeira bóia. Se esta pernada parecia ser favorável aos barcos mais pequenos, o 'Pimpas/Tendências Interiores' e o 'Quebramar-Miles' atrasaram-se 15 minutos para os primeiros, enquanto o 'Arara' era o oitava a rondar esta primeira bóia, perdendo 39 minutos para o líder, muito tempo para uma distância tão curta.Irreconhecível, nesta fase da competição, estava o líder do campeonato, o 'Serlima/Brisa Express', pois seria o décimo a rondar, a mais de quarenta e três minutos dos líderes da frota. Com o vento de sueste, os barcos tiveram de navegar à bolina até às Desertas, com o 'regressado' Sá Sailing Team a arribar mais, mareando mais folgado e com isso ganhando mais velocidade, a suficiente para ultrapassar o 'First 40.7', de Nélio Sousa, que optou por navegar mais orçado. À medida que a frota se aproximava das Desertas, o vento aumentou de intensidade, permitindo ao líder rondar a bóia com 11 minutos de vantagem sobre o segundo, surgindo o 'Swing', de José Augusto Araújo, na terceira posição. Numa disputa muito animada, o pequeno 'Bénéteau' de 25 pés, bem como o modelo Quebramar surgiam no Ilhéu Chão em bom plano, com o 'Arara' a recuperar parte do tempo perdido, tal como o 'jota', de Filipe Caires. De regresso ao ponto de largada, a frota foi surpreendida com uma ligeira alteração da direcção do vento, que levou a marear ao largo, por vezes à bolina, já que o vento passou a estar de nordeste. E seria nesta última pernada, entre Água de Pena e a Marina da Quinta do Lorde, que a regata acabaria por se decidir, já que as diferenças seriam atenuadas, com o 'Brisa Maracujá' a tirar oito minutos ao 'Sá Sailing Team' mas a perder tempo para o 'Arara', que soube aproveitar o vento que fez no Caniçal para chegar 43 minutos depois do 'First 40.7', o suficiente para vencer a regata. Após esta terceira regata merece destaque o facto de o campeão em título ter entrado na luta, havendo quatro barcos com condições de chegar ao ceptro, embora uns dependam mais dos resultados dos outros. Hoje cumpre-se a derradeira regata, onde tudo ficará decidido.

Paulo Vieira Lopes



Diário de Notícias, 26/04/2008:

Vento forte dá vantagem ao 'pequeno' Serlima


Há muito que a adrenalina e as emoções não eram tão fortes no arranque do Campeonato Brisa da Madeira de Cruzeiros em vela. Ontem, na baía do Caniçal, as 12 embarcações que tiveram na largada da primeira regata provaram que a classe Cruzeiro está a renascer, assim como o espectáculo da modalidade. Espectáculo esse que ficou a ganhar graças às excelentes largadas, opções de rumo correctas e manobras bem executadas por parte das equipas. Neste aspecto o 'Brisa Maracujá' de Nélio Sousa, foi um dos destaques do primeiro dia de competição, mas a festa da vitória em ambas as regata do programa foi entregue à pequena embarcação do 'Serlima-Brisa Express', de Filipe Caires.Com 12 barcos à largada, dos 13 inscritos (ausência do Quebramar-Norte) seria a embarcação de Nélio Sousa a dominar a primeira regata, pois foi o primeiro a rondar a bóia da bolina, ganhando uma vantagem considerável que foi determinante para concluir a prova em 51 minutos e 16 segundos, tempo que não lhe permitiria, contudo, chegar à vitória, depois de feitas as contas do tempo compensado, já que o 'Jota 92 pés', de Filipe Caires, cortou a linha de chegada na terceira posição, 3 minutos e 28 segundos depois, diferença suficiente para ganhar, pois o seu barco tem apenas 92 pés e uma área vélica muito inferior. Já no último lugar do pódio, e após o tempo compensado, terminou o 'Pimpas-Tendências Interiores', de Francisco Pontes. Destaque ainda para embarcação 'Grupo Santagro' de Jorge Pinto (quinto classificado), à frente do 'Frederica Devónia' que apesar de ter tido uma largada espectacular e de ter surgido em segundo na primeira bóia, atrapalhou-se na manobra de descer o balão e içar a genoa. Já em termos negativos, de salientar as desistências do 'favorito' Sá Sailling Team de Nuno Rodrigues e do 'Tanto Faz' de Martim Henriques. Com o vento a soprar entre os 17 e os 20 nós, a segunda regata foi ainda mais competitiva, com o 'Brisa Maracujá' e sobretudo o 'Quebramar Miles' a terem uma largada espectacular, bem secundados pelo 'Serlima/Brisa Express'. Obrigados a marear à bolina em três pernadas e navegando à popa em igual número de percursos, numa distância de 5,5 milhas, seria o 'Swing' de José Augusto Araújo - um Grand Soleil 50 pés - o primeiro a cortar a linha de chegada, com uma vantagem de dois minutos e 11 segundos sobre o 'Brisa Maracujá'.Já nas contas finais de referir a grande prestação do 'Quebramar Miles', de André Freitas, que alcançou o segundo lugar atrás do 'Serlima e à frente do barco de Nélio Sousa. Referência ainda para as excelentes manobras da equipa do 'Pimpas-Tendências Interiores'. Hoje está prevista a terceira regata, entre o Caniçal, Desertas, Machico e regresso ao ponto de largada, numa distância de 34 milhas.


Paulo Vieira Lopes


Diário Cidade, 29/04/2008:

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